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20/07/2018 17:00
  • Professora de Inglês discute Bullying e Cyberbullying em sala de aula

A prevenção e o combate a prática do bullying e cyberbullying são temas cada vez mais abordados por professores e alunos nas unidades de ensino. A professora de Inglês, Alessandra Fraga Costa, da Escola Municipal Professor Waldson José Bastos Pinheiro, está desenvolvendo o projeto “Bullying na Escola”, com o objetivo de promover o esclarecimento sobre o tema. A unidade de ensino está localizada no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte da capital.

 

O projeto é desenvolvido durante as aulas de Inglês, com estudantes na faixa etária dos 11 aos 15 anos. A professora Alessandra Fraga leciona no turno vespertino e trabalha o tema com oito turmas do Ensino Fundamental. Segundo a docente, os alunos estudaram sobre o que é bullying e suas características, estratégias para combatê-lo, visando uma melhor convivência e respeito entre eles.

 

Dentre algumas atividades desenvolvidas nas aulas, os alunos assistiram ao filme “Extraordinário”, do diretor Stephen Chbosky, que trata de questões delicadas, abordando temas como bullying, preconceito e superação. “A história aborda perfeitamente o bullying sofrido por um aluno na escola e mostra também a importância da família. O filme nos possibilitou esse diálogo”. A partir da história assistida, a docente desenvolveu uma série de atividades em sala de aula, com o propósito de despertar a consciência nos alunos para que a prática não ocorra no ambiente escolar e nem na vida em comunidade, como também fortalecer o sentimento dos estudantes para buscarem ajuda, tanto da escola como da família, caso em algum momento eles tenham vivenciado alguma situação parecida.

 

"Já presenciei em outros momentos casos em sala de aula e conversei imediatamente com toda a turma, explicando que o aluno não estava gostando das brincadeiras, dos xingamentos e não estava suportando mais aquele tipo de implicância. Depois que tivemos esse tipo de conversa, melhorou bastante, porque eles perceberam que não estavam fazendo bem ao seu colega de turma”, lembrou Alessandra Fraga.

 

Uma aluna de 11 anos, conta que já sofreu bullying, na antiga escola que estudava. Os xingamentos ocorreram durante um ano, até que no final do ano letivo seus pais decidiram mudar a estudante de instituição de ensino.

 

“Eu era zombada por causa da cor da minha pele. Tenho a pele muito branca e eles colocavam apelidos que me machucavam. Ou diziam que meu cabelo era feio. Essas ofensas me incomodavam bastante. Eu pedia para eles pararem, mas não adiantava. Eu sofria, mas geralmente ficava calada. Tive que conversar com meus pais, contar tudo. Eles procuraram a escola e só assim parou as ofensas por um tempo. Depois foram voltando aos poucos, então com muita tristeza tive que sair da escola”, relatou a estudante.

 

Outro assunto discutido nas aulas da professora de Inglês é o subtema Cyberbullying. Foi trabalhada a interpretação de um texto chamado “Don’t be a victim or a Cyberbully! ”, que significa “Não seja uma vítima do Cyberbullying”. Alessandra Fraga ressalta que é preciso muita atenção das famílias para essa questão. “Fiz uma pesquisa em sala de aula e existem vários alunos que já sofreram esse tipo de assédio virtual. Alguns quiseram comentar durante a aula, outros não”, afirmou. O cyberbullying é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação.

 

Uma estudante de 11 anos, contou que foi assediada por um homem desconhecido por meio das redes sociais. Ela disse que era um homem mais velho e que ele dizia para não contar a ninguém. “Ele conseguiu o meu telefone e ligava direto. Contei aos meus pais e eles procuraram a polícia. Não identificamos o nome da pessoa, pois o perfil era falso”. Esse episódio trouxe traumas e por um período prejudicou o rendimento escolar da adolescente.

 

A gestora pedagógica Maria do Socorro Medeiros S. de Araújo fala como a unidade de ensino lida com as questões de bullying. “A prevenção e o combate ao bullying, a escola já trabalha há bastante tempo desde a acolhida dos alunos. Trabalhamos muito a questão do respeito e da convivência dos alunos, professores e funcionários. O tema faz parte do nosso Plano de Ação, para combater esse tipo de violência. Estamos sempre conversando com os professores para que eles abordem o tema em sala de aula. Felizmente, não temos muitos casos de bullying e quando tomamos conhecimento, procuramos revolver imediatamente, com muita conversa. Porque sabemos que praticar bullying é crime”, afirmou a diretora.




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